“É proibido sonhar… Então me deixe o direito de sambar”. O verso, forte, é da música Direito de Sambar, do compositor baiano Oscar da Penha, mais conhecido como Batatinha. A música conta a história de um sambista proibido de desfilar em sua escola. Mas ao mesmo tempo pode ser interpretada como um paralelo à opressão ao samba e à cultura negra, no Brasil.
“Os primeiros versos deste samba de Batatinha são um resumo da história do Brasil em dez palavras: “É proibido sonhar, então me deixe o direito de sambar”, conta o cantautor Luca Argel.
Batatinha é considerado um dos maiores compositores da Bahia e também é um dos preferidos de Luca.
“Fui eu mesmo que gravei quase todos os instrumentos do álbum, mas confesso que tive muita dificuldade em fazer o arranjo para esta música. Minha primeira ideia foi criar uma versão em blues, mas acabou não dando certo. Daí pedi ajuda ao Carlos César Motta, que criou e gravou toda a seção de percussões, o que deu o corpo que eu procuravapara esta nova versão”, conta.
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Enfim… A história!
A princípio criado para ser um show, o repertório de Samba de Guerrilha ganhou novos rumos!
Lançado no último mês de fevereiro, o álbum conceitual de regravações está disponível nas plataformas online e, fisicamente, em formato de jornal. Além disso, traz saborosos clássicos do samba em uma narrativa com arranjos reinventados, eletrificados e suingados.
Samba de Guerrilha é, sobretudo, um trabalho de pesquisa. Luca faz um grande ‘apanhado’ de grandes clássicos do samba que contam parte da história do Brasil. A princípio, o repertório foi criado apenas para um show. Mas, na verdade, isso apenas se transformou num ‘insight’ para o nascimento de uma obra histórica.
A edição dos textos e letras do Jornal Samba de Guerrilha – com ilustrações de José Feitor -, inclui código para download do álbum completo.