Sapo Mag noticia a chegada de Sabina
“Dois anos depois de “Samba de Guerrilha”, Luca Argel está de regresso aos discos com “Sabina”, o quarto álbum de originais.”
Luca Argel
Cantautor brasileiro
“Dois anos depois de “Samba de Guerrilha”, Luca Argel está de regresso aos discos com “Sabina”, o quarto álbum de originais.”
“O engajamento político de Luca Argel já era óbvio no seu anterior álbum, Samba de Guerrilha (2021), e voltou a incomodar os sectores mais reaccionários da sociedade portuguesa no início deste ano, quando publicou um artigo intitulado “Peça desculpas, senhor Presidente”, no Público, ao mesmo tempo que disponibilizou online o single homónimo, o primeiro de Sabina.”
“Dois anos depois de apresentar “Samba de Guerrilha”, Luca Argel está de regresso às edições com “Sabina”, o seu quarto álbum de originais. No Turno da Tarde o cantor falou com a Filipa Galrão e o Daniel Leitão da sua inspiração para este disco, ficou a conhecer a padeira de Aljubarrota, tocou ao vivo e ainda foi desafiado a partilhar os seus conhecimentos gastronómicos portugueses.”
“Há um verso de uma canção de Caetano Veloso que diz que “os livros são objectos transcendentes”.
Luca Argel, nascido no Rio de Janeiro e a viver em Portugal, no Porto, há mais de uma década, confirma esse verso, lançando mais um disco que não acaba nas canções. Sabina é o seu mais recente trabalho, um disco que é também livro de banda desenhada, uma narrativa para escutar entre canções, canções que formam uma história que importa conhecer. Conversando com o Parágrafo a partir do Brasil, onde esteve de visita por estes dias, Luca Argel conta como encontrou Sabina, a vendedora de laranjas perseguida pela polícia e apoiada pela comunidade, e como quis fazer da sua memória uma herança para contarmos agora, levando-a para o futuro.”
“Como se “calam todos os tambores”? Como se movem “sombras de montanhas em silêncio”? Entramos em Sabina, o quarto álbum de Luca Argel, guiados pela intenção poética e com um irresistível desejo de descobrir com que fios se coserá este seu novo enredo. E se em Samba de Guerrilha, a que nos rendemos em 2021, a inauguração se dava com a recriação do clássico “Samba do Operário”, no caso de Sabina a única certeza da abertura é o desafio de uma poesia intrigante e que exige disponibilidade, habitando em composições onde se nota que Luca Argel terá caprichado nos arranjos e na orquestração sonora.”
“Sabina era negra. Sabina era branca. Sabia era vendedora de laranjas, mas ficou sem a sua quitanda. Sabina, na verdade, chamava-se Geralda. Sabina é passado e presente espremidos pela mão de Luca Argel, que de um episódio contido no tempo propôs uma reflexão sobre os nossos traumas que ainda não foram ultrapassados. Assim nasceu Sabina, o álbum, quarto da carreira a ser apresentado, como todos os anteriores, na quarta-feira de cinzas, este ano assinalada a 22 de fevereiro.”
“O entrevistado de hoje do Vozes ao Minuto é Luca Argel, um artista luso-brasileiro que se rege pela música de intervenção e acaba de lançar o seu novo álbum ‘Sabina’. Depois de lançar ‘Samba de Guerrilha’, onde mostrou a sua versão de sambas históricos, que falam de racismo, escravatura e desigualdade, o artista apresenta-nos agora ‘Sabina’, o seu quarto álbum de originais, onde recupera e homenageia a história e o mito de uma vendedora que foi símbolo da persistência do racismo, após a abolição da escravatura e exemplo da solidariedade de rua que historicamente o enfrentou.”
Há semanas o cantautor luso-brasileiro Luca Argel assinou no jornal “Público” a crónica “Peça desculpas, senhor Presidente”, dirigida a Marcelo Rebelo de Sousa – que virou canção – como um pedido de reconhecimento das raízes de velhos problemas assentes no colonialismo português. “É olhando para o passado que a gente compreende o presente e projeta o futuro.” O seu álbum “Samba de Guerrilha”, de 2021, é a prova que as canções de intervenção podem ser samba e sonhar transformações sociais. “A arte estará a cumprir o seu maior potencial quando desconforta e comove. Gosto da música que confronta.” Autor de inúmeros livros de poesia – publicados em Portugal, Espanha e Brasil – Luca tem dado que falar com o tema “Países que ninguém invade” que cantou em dueto com “A garota não” e lança agora novo disco, “Sabina”, dia 22 de fevereiro, com canções solares e dançantes que evocam os corpos invisíveis da vida quotidiana. “Gosto de provocar.” Ouçam-no no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo Mendonça.