“Vinicius é a prova viva de que a genialidade serve, para muitos, como um eficaz corretivo moral. Como aquele bilhete do professor: “fulano é bagunceiro, mas é muito inteligente”, que a mãe lia com o orgulho de quem tinha criado um Einstein. Eis o dilema que Luca Argel trata em seu Meigo energúmeno: como um poeta que celebrava tanto o feminino conseguia, com a leveza de uma pluma e o peso de uma bigorna, perpetuar estereótipos de submissão, infantilização e silenciamento das mulheres? A resposta está no próprio título da obra: Vinicius era meigo, mas energúmeno — no sentido de um descontrolado por excesso de paixão.”
Carlos Castelo no Jornal Rascunho
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